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Segurança no trânsito

Descartado por Bolsonaro, capacete reduz morte de motociclistas em até 40%

Fábio Pescarini - Folhapress
20 set 2022 às 08:55

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- Reprodução/ Twitter
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) puxou, no último dia 13, uma longa fila de motociclistas pelas ruas de Sorocaba (a 99 km de SP) - feito que repetiu na sexta-feira (16), em Londrina. À frente do pelotão motorizado, o candidato à reeleição em campanha era o único que não usava capacete. Além de descumprir lei de trânsito e dar mau exemplo, o chefe da nação se expôs a sofrer graves lesões na cabeça, caso tivesse um acidente.


Dados da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) apontam que o uso de capacete diminui os riscos de gravidade de lesões na cabeça, no cérebro e no rosto em 72%. E reduz a probabilidade de morte em até 40%.

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Procurados, o Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) e o Ministério da Saúde não disponibilizaram dados atualizados de mortes de motociclistas que não usavam capacete no momento de um sinistro de trânsito.

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A reportagem questionou na última sexta-feira (16) e nesta segunda (19) a assessoria de imprensa da Presidência da República se Bolsonaro sabe que pilotar motocicleta sem capacete é infração gravíssima de trânsito, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem.

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"A vulnerabilidade dos motociclistas é tão grande que em acidentes ela chega a ser 17% maior que a de ocupantes de automóveis", afirma Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet.


"Ficamos preocupados quando vemos, nos dias de hoje, pessoas deixando de utilizar esses equipamentos, que só fazem o bem", afirma Meira Júnior, sem mencionar o presidente da República.


O médico se refere ao fato de o capacete ter sido incorporado ao cotidiano de motociclistas desde 1997, quando passou a ser obrigatório, principalmente nas grandes cidades, onde a fiscalização é maior.


Monitoramento feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), da Prefeitura de São Paulo, aponta que na capital paulista em 2020 -dados mais recentes-, de 13.171 motociclistas observados, apenas três deles não utilizavam capacete, ou seja, 99,98% estavam regulares. O percentual é semelhante no caso de quem fica na garupa.

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