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Como carro da Tesla se tornou o mais vendido do mundo

29 mai 2023 às 17:30

Entenda o que fez o Tesla Model Y superar o Corolla e se tornar o carro mais vendido no mundo no primeiro trimestre. As recomendações de analistas sobre os ativos na Bolsa e na renda fixa que devem ganhar com uma eventual queda de juros por aqui e outras notícias do mercado nesta segunda-feira (29).


Primeiro trimestre


Pela primeira vez na história, o carro mais vendido no mundo é elétrico: o Tesla Model Y ultrapassou no primeiro trimestre as vendas do Corolla, da Toyota, e foi o modelo com mais entregas no período.

Os dados são da consultoria JATO Dynamics e foram publicados pelo site especializado Motor 1.


Em números: o modelo mais popular da montadora de Elon Musk vendeu 267,2 mil unidades de janeiro a março, uma alta de 69% em relação ao mesmo período do ano passado.


O Corolla fechou o trimestre com 256,4 mil vendas, com destaque para as baixas de 29% na China e 10% nos EUA –os dois mercados em que o Model Y mais cresceu.


Considerando os outros modelos, porém, a montadora japonesa mantém a dianteira: dos cinco mais vendidos, quatro (Corolla, Hilux, RAV4, Camry) são dela.


O que explica: a disparada das vendas do Model Y foi impulsionada por uma decisão estratégica da Tesla, que rebaixou os preços das suas unidades no começo do ano, principalmente nos EUA e na China –os descontos chegaram a 15%.


O objetivo foi reaquecer a demanda pelos veículos, após uma baixa no último trimestre de 2022.


Para os americanos, a ideia foi colocar os veículos dentro do limite de US$ 55 mil (R$ 275 mil), para que os consumidores tivessem direito a um crédito de até US$ 7.500 (R$ 37 mil) em impostos válido para carros elétricos.


Hoje, os preços disponibilizados no site da montadora são de US$ 40.240 (R$ 201,6 mil) para o Model 3, US$ 50.490 (R$ 253 mil) para o Model Y e US$ 88.490 (R$ 443,4 mil) para o Model S.


Vice-líder do setor


A HDI Seguros, por meio de sua controladora Talanx Group, anunciou no sábado (27) a compra das operações da Liberty Seguros na América Latina por 1,3 bilhão de euros (quase R$ 7 bilhões).

Além do Brasil, a Liberty também atua na região no Chile, Colômbia e Equador.


A transação ainda depende do aval do Cade (órgão antitruste) e da Susep (reguladora do setor de seguros). Até lá, as empresas seguem operando de forma independente.


Em números: com a compra, a HDI anaboliza em cerca de 45% seu negócio na região e se torna a segunda maior seguradora do mercado brasileiro (excluindo vida e previdência), com base nos prêmios emitidos em 2022.


Considerando também a aquisição das linhas de varejo da Sompo Seguros, feita em junho de 2022, o prêmio da HDI "turbinada" chega a R$ 13,3 bilhões.


Ela fica atrás apenas da Porto (R$ 22,5 bilhões no ano passado).


As duas empresas têm praticamente o mesmo tamanho. O negócio combinado chega a 6 milhões de clientes (3 milhões da HDI e 3 milhões da Liberty) e 48 mil corretores (25 mil da Liberty e 25 mil da HDI).

As marcas devem seguir separadas mesmo após sacramentada a compra.


Queda da Selic


A expectativa no mercado pelo início do ciclo de baixa de juros no país já começou a aparecer na Bolsa e em ativos de renda fixa.


A Folha de S.Paulo conversou com os analistas para saber onde estão as melhores oportunidades nesse cenário.


O que explica: apesar de haver divisões entre os analistas sobre quando a Selic efetivamente cairá, o cenário desanuviou nas últimas semanas, com dados de inflação abaixo do esperado e a aprovação do arcabouço fiscal na Câmara.


Na renda variável, a expectativa está sobre ações de consumo ligadas à economia doméstica e small caps. Essas empresas foram as que mais sofreram com a subida de juros e agora devem ser beneficiadas pela reversão do movimento.


Entre as companhias ligadas ao consumo, estão setores como varejo, imobiliário e bens de capital.

As small caps são aquelas com valor de mercado inferior em relação às grandes da Bolsa. Com a queda da Selic em vista, o índice dessas companhias sobe 14% no ano, enquanto o Ibovespa avança 6%.


Na renda fixa, a perspectiva melhora sobre os títulos pré-fixados, aqueles com uma taxa de rentabilidade já conhecida pelo investidor na hora da compra.


A recomendação destaca os papéis de médio prazo, com vencimento ao redor de 2026.

Os títulos pós-fixados, que apostam numa alta de juros à frente, perdem parte da atratividade.


Últimos dias para o IR


Se você está lendo esta newsletter na segunda, falta pouco mais de 48 horas para entregar a declaração do Imposto de Renda –o prazo encerra na quarta (31), às 23h59.


Está em dúvida se precisa declarar? Tem que acertar as contas com o leão quem recebeu rendimentos tributáveis em mais de R$ 28.559,70 em 2022. Há ainda outras regras, sobre rendimentos, ganho de capital, operações em Bolsa… Veja todas aqui.


Deve declarar, mas deixou para a última semana? É melhor agilizar, porque quem perde o prazo paga multa mínima de R$ 165,74, que pode chegar a 20% do imposto devido. Se não tiver muito tempo, é melhor mandar a declaração incompleta para fugir da cobrança.


Separamos algumas dicas para facilitar seu trabalho:


1- Tenha pelo menos os documentos dos seus rendimentos tributáveis e dos dependentes, principalmente os salários recebidos, pagamento de Carnê-leão (autônomos) e dados do INSS (aposentados ou pensionistas).


2 - Opte pela declaração pré-preenchida:


É necessário ter uma conta prata ou ouro no site gov.br. Saiba aqui como conseguir.

Mostramos em sete passos como acessar a declaração pré-preenchida, conferir os dados contidos nela e enviar o IR.


Cuidado com os gastos médicos, que não têm limite de dedução e são responsáveis por 21,7% dos casos de malha fina. Veja como escapar de sete erros da pré-preenchida.


3 - Conferiu a pré-preenchida, mas ainda tem mais a declarar?


Investimentos, compra e venda de carro, saque extraordinário do FGTS, dependentes, declaração de MEI… Reunimos aqui uma lista de como ter as contas em dia com o Leão.


Já enviou a declaração? Lembrou de um erro ou esqueceu de um gasto? O ideal é enviar uma declaração retificadora até 31 de maio. Nesse caso, há a opção de mudar a forma de tributação, se isso for mais vantajoso.

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