"Confio plenamente na justiça"
Cissa Guimarães compareceu na terça-feira (3) ao julgamento da última instância do processo contra Rafael de Souza Bussamra, o jovem que assassinou seu filho caçula em 2010, no Rio de Janeiro. Em desabafo no Instagram, a apresentadora e atriz comentou o veredito: "3 anos e alguns meses de serviço comunitário para homicídio para o atropelador/assassino de meu filho. 3 anos e alguns meses de serviço comunitário para corrupção para o pai do atropelador/assassino do meu filho."
Na sentença, Bussamra havia sido condenado a sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em regime semiaberto. O pai dele, Roberto Bussamra, havia sido condenado a oito anos em regime fechado e nove meses em semiaberto, por ter tentado acobertar o crime cometido pelo filho e ter subornado os policiais com o intuito de desfazer o local do acidente e evitar a prisão em flagrante do herdeiro. No entanto, os réus recorreram e a decisão do julgamento do processo foi mudada: ambos terão que prestar pouco mais de 3 anos de serviços comunitários. Apenas.
Na publicação, Cissa disse ainda disse se sentir injustiçada. "Fico pensando que depois de terem feito isto, que serviços comunitários perigosos essas pessoas prestarão à nossa sociedade. Medo. Tristeza. Injustiça. Agradeço com o que restou do meu coração à todas às manifestações de apoio, carinho e respeito que eu e minha família sempre recebemos nestes 6 anos sem nosso Rafa", escreveu ela.
João Velho, irmão de Mascarenhas, também questionou a sentença em seu Facebook. "Não quero aqui desrespeitar o relator, mas discordo e muito de seu parecer. Matar, e prometer dinheiro pra polícia não te prender, não é tão grave quanto pensamos. P.S: Ainda não é o fim", disse ele em parte do post na rede social.
Rafael de Souza Bussamra dirigia em área fechada para o trânsito quando atropelou e matou Rafael Mascarenhas em julho de 2010, enquanto o jovem de 18 anos andava de skate. Bussamra e o pai chegaram a ficar seis dias presos em janeiro de 2015, mas foram soltos após a Justiça do Rio conceder habeas corpus aos dois.
(Com informações do Catraca Livre e G1)